sábado, 28 de maio de 2011

Morre a Língua Portuguesa


Olá amores!!!

Hoje optei por postar um artigo em vez de escrever eu mesma.
Fiz essa opção por ser algo realmente triste de se ver e não sei
se estou apta a escrever sobre o assunto devido a sua gravidade.
Espero que a leitura os faça pensar, como fez a mim.
Tenham um bom dia!!!

Famke Grey.

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Ferir a língua é ferir a alma

Carlos Nejar
Língua é alma. E nós começamos a perdê-la.
 
No momento em que o Ministério de Educação permite a publicação de um livro, denominado 'Por uma vida melhor', da coleção 'Viver e aprender', em que tudo é permitido no que tange à concordância, considerando corretas orações como "nós pega o peixe" e "os menino pega o peixe", temos que registrar o protesto. Como diz o poeta, "podemos não saber o que desejamos. Mas sabemos o que não queremos".
E não fica aí. Afirmava Machado de Assis que "o maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado". Ou melhor, a defesa do pecado. E há uma nota infeliz do MEC, patrocinando a causa da autora, Heloísa Ramos, ao sustentar que tal procedimento estimula os cidadãos ao uso flexível da língua. Nada mais desafortunado. Não só a gramática normativa é dizimada, também a língua correta do povo. E parece que isso não interessa ao MEC. O que então lhe interessa?
O erro de linguagem nada mais é do que um desvio da fala da comunidade, que é obrigação de todos. Até as pessoas de condição mais pobre merecem o direito de bem manejar a língua, sem os estropiados descaminhos de "nós pega peixe" ou "os menino pega peixe", como defende 'Por uma vida melhor'.
Esses barbarismos não condizem com a nossa dignidade no exercício da cidadania através da linguagem. E se esse desrespeito nasce exatamente de onde devia vir o bom exemplo, há "algo de muito pobre no reino da Dinamarca". Com efeitos colaterais nos próprios valores de nação.
A fala do povo é gostosa — não porque é errada — mas porque não aceita construções anômalas, nem concordâncias esdrúxulas. Límpida, direta, inventiva, fala de alma.
Mas isso é muito sério, na medida em que é sintoma de uma tutela estatal, deformando o ensino para as novas gerações, com o intuito sinistro de também deformar a consciência. E sobretudo, aos poucos, ao se perder a língua, começamos a perder a identidade.
O Dia (RJ), 26/5/2011

Um comentário:

  1. Sabe o que eu lembrei lendo esse artigo? kkkkkk...de alguns amigos orkutianos...pouts morry :p

    O Carlos Nejar ia ter uma síncope em ler alguns dos meus conhecidos "escrevinhando", e o pior não é isso...é que nos acostumamos tanto a ver que já nem ligamos...na verdade eu sou má nessa parte, eu não corrijo a não ser que seja alguém muito amigo, com a internet todos podem ter acesso a bons livros , a boas leituras, não tem e não não sabem escrever corretamente pq são preguiçosos, então eu lavo minhas mãos, eu adoro brincar e namorar, mas eu dou uma lidinha no "horóscopo" do jornal as vezes:p

    Te amo mãe!

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