quarta-feira, 9 de maio de 2012

Esquizofrenia e vida normal.




Olá amores!!!

Ontem a noite assistindo ao Programa do Jô um dos convidados foi um médico especialista em esquizofrenia. Assisti e resolvi escrever sobre isso, apesar de ser um assunto dificil, pq conheço
pessoas que tem a doença, aliás conheço é um termo errado, tenho sim pessoas na minha familia que tem a doença, uma tia e uma irmã, fora outras pessoas tbm da familia mas que não são tão próximas de mim.
A esquizofrenia, talvez o transtorno mental de maior comprometimento ao longo da vida, caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora seja primariamente uma doença orgânica neuropsiquiátrica que afeta os processos cognitivos[de conhecimento], seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções.

Como Começa?
A esquizofrenia pode desenvolver-se gradualmente, tão lentamente que nem o paciente nem as pessoas próximas percebem que algo vai errado: só quando comportamentos abertamente desviantes se manifestam. O período entre a normalidade e a doença deflagrada pode levar meses. Por outro lado há pacientes que desenvolvem esquizofrenia rapidamente, em questão de poucas semanas ou mesmo de dias. A pessoa muda seu comportamento e entra no mundo esquizofrênico, o que geralmente alarma e assusta muito os parentes. Não há uma regra fixa quanto ao modo de início: tanto pode começar repentinamente e eclodir numa crise exuberante, como começar lentamente sem apresentar mudanças extraordinárias, e somente depois de anos surgir uma crise característica. Geralmente a esquizofrenia começa durante a adolescência ou quando adulto jovem.

O Diagnóstico
Não há um exame que diagnostique precisamente a esquizofrenia, isto depende exclusivamente dos
conhecimentos e da experiência do médico, portanto é comum ver conflitos de diagnóstico. O diagnóstico é feito pelo conjunto de sintomas que o paciente apresenta e a história como esses sintomas foram surgindo e se desenvolvendo.

Quando um filho tem Esquizofrenia
...quando um filho tem esquizofrenia, ele sofre e sofre também a família. Num primeiro momento, tenta-se esconder a doença por causa do preconceito social. Quando a doença não passa, os sonhos se desfazem, a preservação da imagem não tem mais sentido porque a doença é mais grave que o preconceito. A doença não pede licença: impõe-se e obriga-nos a mudar de postura diante da vida, diante da dor. A esquizofrenia não pode ser encarada como uma desgraça: tem que ser vista como uma barreira natural para nossos planos e desejos pessoais. Quando alguém na família adquire esquizofrenia é necessário que toda a família mude, se adapte para continuar sendo feliz apesar da dor. Os artigos científicos não publicam, mas o ser humano é capaz de ser feliz apesar da doença.

O tratamento
Os remédios são a única alternativa para tratar a esquizofrenia, outras formas de terapia complementam, mas não substituem as medicações.Se encararmos a medicação como algo estranho ao corpo a aversão se dará inevitavelmente, mas se encararmos as medicações como substâncias reguladoras de atividades cerebrais desequilibradas, podemos vê-las como amigas. O paciente não tem nenhuma culpa por uma parte do cérebro estar desregulado, mas pode usar o lado saudável (o bom senso) para tomar a decisão de se tratar. A familia é fundamental para que isso aconteça.

Tudo que escrevi acima foi buscado para explicar a vcs do que se trata essa doença. O que quero dizer a vcs é que as pessoas com esquizofrenia podem ter sim uma vida plena e feliz. Minha tia trabalhou a vida toda e foi uma mulher de sucesso na profissão que escolheu, se aposentou alguns anos atrás depois de 30 anos de serviços prestados a mesma empresa e ganha hoje de aposentadoria muito mais que muitos ditos "saudáveis" ganham trabalhando, casou e é feliz. Minha irmã é formada, trabalha, viaja, tem amigos, vai a festas, namora, é uma mulher como outra qualquer, apesar da doença. Temos que começar a ver determinadas doenças sem preconceito, parar de achar que essas coisas só acontecem na casa do vizinho.
Poucos anos atrás fizeram um filme chamado "UMA MENTE BRILHANTE". A obra, da autora Sylvia Nasar, retrata a vida, a produção intelectual e a luta contra a esquizofrenia de um dos melhores matemáticos do século XX,  John Forbes Nash Jr. Este livro foi adaptado para o cinema, dirigido por Ron Howard e protagonizado por Russell Crowe, rendendo 4 Oscars, entre eles melhor filme e direção. Se vc ainda não assistiu, assista, vale a pena.
Espero que o assunto não tenha chateado vcs, escrevi por se tratar de algo importante pra mim e pra tantas outras pessoas no país e no mundo e precisava mais uma vez dizer que qualquer tipo de preconceito, seja contra quem ou o que for, é sujo, feio e podre.

Tenham um dia maravilhoso meus amores.

Famke Grey.

2 comentários:

  1. Acompanho seu blog,e esse é um assunto que poucas pessoas comentan sobre...Achei muito inretessante vc falar sobre Esquizofrenia...As vezes alguém ou alguém que conhecemos passou por isso...
    É uma doença,que pode chegar e atingir qualquer um
    ,pois acata o sistema nervoso e com a vida que levamos hoje em dia e algo dificil de se controlar...Com suas informações buscamos ajuda...Parabéns pelo blog vc mostra que dá pra gente ser feliz em qualquer situação da vida...
    Beijos Geize

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  2. INFELIZMENTE EU TENHO UM CASO NA MINHA FAMÍLIA, COM ESSA DOENÇA...REALMENTE É MUITO COMPLICADO.
    QUANDO CHEGA AS CRISES QUE AS VEZES DEMORA UM POUCO A VIR, MAIS QUANDO VEM, É UM PROBLEMA SÉRIO...MEXE COM TODOS NÓS...
    MAIS É UM RAPAZ QUE TRABALHA, SUPER INTELIGENTE.
    TUDO COMEÇOU QUANDO ELE TINHA 17 ANOS HOJE ELE TEM 32, ENFIM....
    ESSA DOENÇA TALVEZ SEJA AINDA UM MISTÉRIO PARA MUITOS, E O PRECONCEITO SEMPRE EXISTE.
    EU SEMPRE ACOMPANHEI DE PERTO O TRATAMENTO DE MEU PRIMO...E NAS CRISES QUE GRAÇAS A DEUS NÃO SÃO SEMPRE, É TRISTE DE VER.
    ESPERO REALMENTE QUE TUDO ISSO PASSE.

    MÃE FAKE, MARAVILHOSA SUA MATÉRIA.

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